Carboidrato ou proteína?

Carboidrato ou proteína?
7 Agosto, 2015

O sucesso do atleta na sua atividade esportiva é dependente do que os seus músculos são capazes de fazer, ou seja, depende da força produzida, da potência gerada e do tempo que a musculatura permanece trabalhando.
Para que o trabalho muscular ocorra, o músculo precisa da energia que é fornecida pela quebra das moléculas de ATP em ADP e depois em AMP. O problema é que a reserva de ATP muscular se esgota muito rápido (mais ou menos em 3 a 4 segundos) e, com excessão das atividades que duram esse período, o músculo vai precisar de mais energia. Aí entram outros sistemas, como o Fosfocreatina-creatina, que acaba gerando até mais energia que o ATP, porém com duração de 8 a 10 segundos… É a partir daí que começamos a usar o glicogênio para manter o trabalho muscular! O glicogênio armazenado é quebrado em glicose que por sua vez é quebrada em 2 moléculas de ácido pirúvico, gerando energia para a produção de mais ATP. A utilização do ácido pirúvico ocorre por 2 vias: A do Sistema Glicogênio-Ácido Lático, anaeróbio (fora da mitocôndria) e do Sistema Aeróbio (dentro da mitocôndria) que além da glicose também utiliza ácidos graxos e aminoácidos para gerar energia, porém com um rendimento muito menor. A via anaeróbia produz moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que a via aeróbia, porém o seu tempo de fornecimento de energia é de 1,5 minuto, aproximadamente. Já a via aeróbia pode gerar energia por tempo indeterminado, desde que haja nutriente e oxigênio disponíveis. A via aeróbia é, portanto, a via responsável por fornecer energia (ATP) para o trabalho muscular e também para fornecer energia para: 1- reconstruir a fosfocreatina e 2- remover o excesso de ácido lático da via anaeróbia, evitando a fadiga.
Assim, o glicogênio armazenado nos músculos e no fígado e o reposto na forma de glicose durante a atividade física, é fundamental para o rendimento do trabalho muscular.

É por isso que a alimentação tem grande impacto na performance do atleta, pois sem glicose o rendimento fica muito abaixo do esperado.
A reposição do glicogênio gasto é um processo lento, podendo demorar dias, tornando fundamental uma boa alimentação. O gráfico mostra o tempo de reposição do glicogênio muscular X dieta.

Então, antes de procurar suplementos ou “fórmulas mágicas” para render mais no treino ou na competição, procure ajuda para saber se você está fornecendo energia adequadamente para eu corpo.

Posted in Blog by Thiago Ferreira